O desafio de entender a felicidade no trabalho nasceu de evidências presenciadas no cotidiano organizacional, onde foram observadas manifestações comportamentais indesejáveis ao trabalho – absenteísmo, ausência de compromisso com as atividades, presença de corpo e ausência de espírito, apatia e negação entre outras – decorrentes de posturas diretivas que promoviam nas pessoas estados de espírito contrários às suas características intrínsecas, prejudicando a produtividade.
O trabalho tem grande importância no estado emocional e no bem-estar da vida do ser humano. Isso se deve ao fato de que as pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho, no convívio com seus colegas, enfrentando fatores positivos e negativos que influenciam diretamente a felicidade. Segundo Pereira et al. (2012), existe um diferencial entre os colaboradores felizes, que produzem mais e melhor, trazendo resultados maiores e mais sustentáveis, pois desejam permanecer na empresa, e os colaboradores que não se identificam com a organização, que acabam apresentando queda no desempenho, passando a atuar com um sentimento de indiferença em relação à empresa. Essa indiferença apresentada, além de provocar a baixa produtividade e o absenteísmo, reflete no atendimento aos clientes, que, insatisfeitos, optarão pelo concorrente.
A satisfação em desempenhar o trabalho no dia a dia, com dedicação e entusiasmo, e sentir-se valorizado mediante boa remuneração, em um ambiente sadio, realizando-se com as tarefas a serem desempenhadas, remete a um ótimo conceito de felicidade. A premissa de que a felicidade pode ser alcançada por meio do trabalho estimula os gestores de pessoas e os estudiosos do comportamento organizacional a identificarem estratégias eficazes na promoção do bem-estar no ambiente laboral.
Pedroso (2010) destaca que a felicidade é um sentimento abstrato e intangível, e questiona-se se ela é real ou imaginária. Pode-se dizer que a felicidade é real mesmo não podendo tocá-la e medi-la, pois se pode senti-la pessoalmente e nas outras pessoas. Portanto, a partir do pressuposto de que o trabalho possui grande importância na vida do ser humano e, sobretudo, nas possibilidades de gerar ou não a felicidade e o bem-estar, discute-se a relevância do trabalho e as consequências positivas ou negativas geradas no desempenho das empresas. O trabalho tem grande importância no estado emocional e bem-estar da vida do ser humano, isso se deve ao fato de que as pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho, no convívio com seus colegas, enfrentando fatores positivos e negativos que influenciam diretamente a felicidade.
O trabalho gera emoções e satisfação no ser humano, que quando está feliz produz em maior volume e maior qualidade. Conforme Seligman (2009, p. 72-73), “Apesar de ser quase impossível esclarecer se a maior satisfação no trabalho faz a pessoa mais feliz ou se a disposição de ser feliz gera satisfação no trabalho, não deve ser surpresa o fato de que as pessoas mais felizes estejam nitidamente mais satisfeitas com seu trabalho do que as menos felizes.”
Portanto, a felicidade no ambiente de trabalho parece ser um fator gerador de satisfação e influenciador no desempenho pessoal e organizacional. Para compreender essa relação, apresenta-se, na seção a seguir, a metodologia utilizada na pesquisa.
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